O 10º Fumec Forma Moda é o evento promovido pela Universidade Fumec para abrigar os desfiles e exposições dos formandos de Design de Moda. Eu e Amanda fomos convidadas à assistir e agora vamos contar um pouco pra vocês.
Nesse post vou falar sobre metade do Bloco Um de desfiles, que contou com a participação de:
Maíra Sette – “Sobre memórias e roupas”; Rafaele Coelho – “Fragmentos”; Nara Montezano – “Boiúna”; Luciana Tolentino – “Uma viagem imaginária pelo altiplano dos Andes”; Lílian Pinho – “O papel da roupa…”; Raquel Santos – “Aboriginal”; João Paulo Durão – “It’s all in your mind”; e Brígida Carvalho – “Em busca do tesouro perdido”.
As fotos são do fotógrafo Alexandre Lopes e da Amanda, e a intenção é passar uma idéia geral do desfile, e não necessariamente apenas os melhores looks.
Maíra Sette – “Sobre memórias e roupas”
A coleção foi baseada nas lembranças e memórias afetivas da designer, que usou albuns de familia, fotografias e roupas de seus entes queridos como inspiração. Criou personagens que representam pessoas de sua família e suas características particulares. Nos looks, camisas desconstruídas, mangas que viram cachecois, lindas dobraduras e nervuras de tricô, meia-calças com aplicações e rendas (objeto de desejo imediato!). Mais uma prova da importância do styling para compor a história. Além disso, a participação da banda Di Bigode tocando no meio da passarela foi incrivel e a trilha traduziu perfeitamente o clima da coleção. Orientadora: Angélica Oliveira.
Rafaele Coelho – “Fragmentos”
A designer desenvolveu sua coleção comparando a vida que é “feita de pedaços”, com a roupa e a moda. Também focou seu olhar sobre o cinema, e os fragmentos de imagens e histórias. A coleção é composta de vestidos em jeans, com diversos recortes, paineis de outros tecidos nas cores lilás e bege e diversas assimetrias. O destaque ficou para os poucos looks de composição mais simples, com menos interferências. Orientadora: Cássia Macieira.
Nara Montezano – “Boiúna”
Boiúna é uma lenda da região amazônica, de uma cobra d’água que mata homens afogados. Foi nesse universo que a designer buscou inspiração para sua coleção. A boiúna está presente em boa parte dos looks, não só nas cores, mas também em tamanho real, engolindo uma modelo em forma de vestido. Um trabalho rico em estampas e aplicações, bem puxado pro lúdico. As modelagens são diversas, assim como as referências: anos 50, 70, 2000 e até futurista. O styling apareceu nas toucas/gorros pontudos, mas ficou confuso com um colar de corrente dourada que não fez muito sentido na produção. Orientadora: Gabriela Torres.
Luciana Tolentino – “Uma viagem imaginária pelo altiplano dos Andes”
A coleção propõe uma viagem pelo Altiplano dos Andes, passando pelo Peru e Bolívia. A cartela de cores é baseada na paisagem natural da região: branco, cinza, azul, vinho, bege, vermelho e preto. A coleção é composta de cocktail dresses em camadas e com babados, drapeados e franzidos; com um quê de anos 20, inclusive nos acessórios de pompom na cabeça. O bom é que fugiu bem do óbvio que vem na cabeça quando pensamos no Peru e Bolívia, e conseguiu cumprir o que prometeu com vestidos bem comerciais e sofisticados. Orientador: João Caixeta.
Destaque deste post: Maíra Sette, que apresentou um lindo desfile, inovador e vanguardista, mas com um olhar claro sobre tendências atuais. FN amou tudo!
por zazoza